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“Decreto não acaba com Uber e 99 em Angra. Pelo contrário, melhora o serviço”, diz chefe do transporte

Vídeo repleto de fake news, da vereadora Gabi Greg, espalhou boatos sobre ameaça do fim dos serviços dos motoristas de aplicativos. Ela participou da reuniões para criar o decreto e foi desmentida por seus colegas vereadores

O decreto que regulamenta o transporte de passageiros por aplicativos, tipo Uber e 99, no município de Angra dos Reis, foi publicado no dia 15 de outubro, sem causar polêmicas. Afinal, o decreto só saiu depois que um grupo de motoristas que trabalham com os aplicativos, procurou o Departamento de Trânsito da Prefeitura pedindo a regulamentação. Foram feitas reuniões com a presença dos próprios prestadores de serviço e de vereadores para chegar ao texto definitivo do decreto que teve por base a regulamentação aplicada pela Prefeitura do Rio.
No texto do decreto não tem nada de especial. Exige que o veículo tenha no máximo 8 anos de uso e tenha equipamentos de segurança como extintor e airbag, que em 2022 será item obrigatório para todos os carros com 8 anos de uso, já que desde 2014, o airbag é exigido por lei federal como acessório de fábrica.
Será exigido um cadastro do motorista na Prefeitura para verificar desde habilitação até antecedentes criminais. E as empresas de aplicativo terão que se cadastrar na Prefeitura, mesmo que virtualmente, para fins de recolhimentos de impostos que hoje são pagos nas sedes das empresas em São Paulo e Belo Horizonte.

“As empresas deverão ter inscrição municipal e uma filial na cidade, mesmo que de forma virtual. Isso tem a finalidade de garantir o recolhimento do imposto pela empresa do aplicativo. Em momento algum o motorista terá de recolher ISS ao município”, explica Ricardo Ferreira, Superintendente de trânsito de Angra dos Reis.
Isso também não é novidade. O mesmo aconteceu com os cartões de crédito e débito que cobram taxas que variam de 1.8% a 3.5% . Essas empresas, tipo Visa e Mastercard, recolhiam seus impostos somente na sede das companhias. Depois de ações dos municípios passaram a recolher onde o serviço é prestado.
Além de garantir que as empresas de tecnologia paguem pelo uso do solo, o Decreto oferece aprimoramento nos serviços prestados ao cidadão e também garante segurança ao motorista.

“Quando é colocado que o carro tem de ter até 8 anos de fabricação, o município busca formas de manter o preconizado pelo Governo Federal, que desde 2014 prevê que todo carro que sai de fábrica, já tenha airbag. Então não é pedido nada fora do contexto, como muitos pensaram. A partir de 2022, como obrigatoriedade, todos os carros que irão circular no sistema de aplicativo, devem ter o dispositivo de segurança. Outro ponto questionado é o seguro passageiro, que já é pago pelas empresas, então basta o motorista apresentar a cópia deste, no momento do seu cadastro”, detalha Ferreira.
O secreto também proíbe os letreiros em led, com os nomes das empresas, muito comum em Angra e que hoje são usados por motoristas que fazem o transporte clandestino de passageiro.
“Estimamos que 300 motoristas estejam cadastrados nas plataformas digitais e que não precisam desta identificação. Tal medida visa um combate mais efetivo ao transporte clandestino, ação que protege quem está regular. Na tarde de sexta-feira, por exemplo, numa de nossas ações, com apoio do Proeis, foi feita a apreensão de dois quilos de maconha, que estavam no carro de lotada, escondidos num fundo falso. O carro foi apreendido e o caso apresentado na delegacia de Angra”, resumiu o Superintendente de Trânsito.


MENTIRAS NAS REDES SOCIAIS


Num vídeo bem editado, a vereadora Gabi Greg faz quase o papel de atriz e dispara uma série de acusações contra o decreto. Diz que as empresas de aplicativo deverão TER SEDE no município o que inviabilizaria o serviço em Angra E acusa que a Prefeitura fez o decreto para inviabilizar o UBER e a 99 para favorecer a empresa Senhor do Bonfim.
Vereadores desmentiram Gabi Greg já que ela mesma participou das reuniões para confeccionar o texto do decreto. E outra, os motoristas de aplicativos em qualquer parte do mundo não concorrem com o transporte via ônibus. Concorrem sim com os taxistas.

Redação

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