Você minha linda mamãe pode até me odiar ou me achar insensível ao escrever essa reflexão, porém, minha amiga, falo por experiência própria: a maternidade dói demais e, sim, é possível odiar a maternidade e amar incondicionalmente seu filho. A mistificação de um ideal de maternidade tem transformado muitas garotas marotas em velhas rabugentas.
Vamos trabalhar com exemplos, odeio o fato da mãe puérpera, que acabou de dar a luz, ser tão cobrada a dar conta de tudo, ser tão julgada por um padrão de maternidade perfeito. Odeio também como uma mãe é duramente criticada quando ela tira um momento para ela e vai tomar um chope na sexta-feira.
A sociedade sempre coloca a mãe como uma figura imaculada que não pode fraquejar e além disso não pode ser uma mulher com desejos e tesão. Esquecem que ali, naquele corpo e mente de mãe, tem uma mulher que precisou colocar muitas coisas em segundo plano para receber seu rebento.
Vou contar algo para vocês, a vida sexual de uma mãe é algo precioso e tem a mesma proporção de um evento, não deveria, mas, a mãe abdica de prazeres para viver essa vida.
Se você que está lendo esse texto se identifica com cada linha, você não está sozinha. Desde a mãe que come escondido do filho, até a que deixou uma oportunidade de trabalho para ser mãe, todas nós devemos sempre olhar com os olhos de amor e acolhimento para outra mulher e não apontar o dedo.
Agora, se você é do tipo de pessoa que vê uma amiga na balada e já pergunta pelo filho, com quem ele está etc., saiba que o momento não é adequado. Está mãe está vivendo seu momento de liberdade e a única coisa que ela não quer é lembrar da culpa que ela sente por estar ali . Não deixe essa garota marota cheia de sonhos dar lugar a tia velha rabugenta aí dentro desse coração e dessa cabeça .