Na política é preciso ter feeling e um pouco de sorte. O virtual vencedor da eleição de 2018 para Governador do Estado do Rio era Eduardo Paes. Só que o candidato errou muito com os políticos do interior, e quando o azarão Wilson Witzel despontou nas últimas semanas, Fernando Jordão embarcou nesta canoa ainda no primeiro turno.

Na onda do Bolsonarismo, Witzel levou a melhor no segundo turno com Fernando visto como um dos dois prefeitos que estavam sua campanha desde sempre. Antes mesmo de assumir o novo governador já o levava na comitiva para Israel. No Palácio Guanabara, Fernando era convidado de honra.

O Estado, no entanto, tinha e tem pouco a oferecer. Mas tinha o mais importante: o instrumento para debelar a crise na segurança pública em que Angra estava mergulhada. Não deu outra. Witzel comprou a ideia vendida pelo prefeito que Angra seria o modelo de gestão na polícia.

Foram instaladas três UPPs, a última no Belém quando o ex-governador já sofria o processo de impeachment. O novo governador Cláudio Castro mantém também um relacionamento estreito com Fernando Jordão que se consolidou como uma referência de competência política no Estado do Rio.

Recentemente, Fernando pediu vacinas extras para imunizar toda a Ilha Grande (ideia defendida aqui no Jornal Maré) e foi imediatamente atendido e o governador se surpreendeu com a repercussão positiva na mídia nacional.
Esta semana mais 25 policiais foram lotados no batalhão de Angra. A ação na segurança publica continua.